Entrevista com o Reumatologista Dr. Georges Christopoulos
Entrevista com Dr. Georges Basile Christopoulo
Reumatologista
CRM 2429- AL
O que é Artrite Reumatoide?
Artrite Reumatóide é uma doença inflamatória crônica que afeta 0,5 a 1% da população mundial (15 a 30 mil alagoanos), atingindo 4,5% na faixa etária de 55 a 75 anos.
Qual a causa ?
É uma doença autoimune, ou seja, o próprio corpo ataca ele mesmo. Uma verdadeira “guerra civil”. Como todas as doenças de origem imunológica, não se sabe o motivo pelo qual a doença aparece. As pesquisas atuais indicam que deve haver uma predisposição genética e um fator desencadeante como infecção, trauma emocional ou físico.
Quais os sintomas?
A AR é uma inflamação que acomete várias articulações ao mesmo tempo, atingindo os membros superiores e inferiores, principalmente as mãos e punhos. Existem outros sintomas mais sistêmicos que podem ocorrer como: Dor no peito ao inspirar, bocas e olhos secos, ardência, coceira e secreção nos olhos, dormência e formigamento nos pés, dentre outros.
Como é feito o diagnóstico da doença?
O diagnóstico é realizado através de exame físico detalhado e geral, associado a solicitação de exames laboratoriais e radiológicos. Existem guias elaboradas pela Sociedade Brasileira de Reumatologia que orientam a essa pesquisa.
A Artrite Reumatoide tem cura?
Não tem cura, mas é possível controlar a progressão natural da doença com o uso de medicações chamadas imunobiológicos.
Como é feito o tratamento?
A AR geralmente requer tratamento ao longo da vida, incluindo medicamentos, fisioterapia, parar de fumar e realizar exercícios físicos, esses são alguns dos fatores que ajudam a interromper a progressão da doença.
É uma doença de caráter genético?
Não. Um pai com a doença não transmitirá para o filho. No entanto se algum parente próximo tiver Artrite reumatoide, terá uma chance maior de desenvolver a doença do que outra que não a tenha.
Pessoas com artrite reumatoide podem praticar atividade física?
Todos os pacientes tem indicação para realizar exercícios físicos, mas o cronograma de atividades deve ser adaptado à condição específica do paciente. A individualização do tratamento é sempre a regra.